quarta-feira, 8 de abril de 2009

A AVENIDA RAINHA DONA AMÉLIA
Na imagem, a moderníssima avenida Rainha D. Amélia tal como surgia em 1908. Após a golpada terrorista do 5 de Outubro, rebaptizaram-na com o glorioso nome de um pateta, cujo único feito digno de nota consistiu em introduzir um pedaço de chumbo no encéfalo. No entanto, há males que valem por bem, pois dada a fauna - vendedores de drogas e de zonas médias - e o tipo de comércio que nesta avenida Almirante Reis se faz, merece bem o nome do "herói" da república. Para não falarmos da constante depredação dos belos edifícios que por lá existiam e que vão sendo substituídos por mamarrachos, decerto também muito republicanos.
Fica para a pequena história o episódio ocorrido durante a visita de D. Amélia a Portugal (1945). Um dos antigos motoristas da casa real, conduziu-a numa visita à Lisboa que a soberana tão bem conhecera, mas que entretanto tinha crescido em direcção ao norte, "marreca", segundo a feliz expressão de Ribeiro Telles.
Em dado momento e percebendo muito bem em que ponto da cidade se encontravam, a Rainha ardilosamente perguntou:


"- Diz-me lá uma coisa... Como é que se chama esta avenida?"
-" Saiba Vossa Majestade que esta avenida chama-se... Rainha D. Amélia!"
Os monárquicos são na verdade, o mais antigo, teimoso e permanente movimento de resistência da nossa história.

*Post dedicado ao blog Família Real Portuguesa
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Por esta é que eu não esperava! Um post que o Nuno Castelo-Branco do blogue "Estado Sentido - De Um Sentido de Estado", dedicou ao blogue da Família Real Portuguesa. Obrigada Nuno, grande presentão para o 1º aniversário deste blogue. Bem haja!

1 comentário:

Rui Barandas disse...

Realmente a Avenida está muito degradada, e não sabia que se chamava de Avenida Dºa Amélia. Obrigado pela história que ao mesmo tempo é triste, pois a soberana não merecia ter sido tratada da maneira como foi. Toda a sua vida é um marco de uma Grande Senhora, que adoptou Portugal como sua PATRIA, a quem foi tão fiel, apesar do mal que lhe fizeram. Se fosse num Portugal governado por gente de "jeito" até se podia fazer um óptimo filme da sua vida.