sábado, 30 de abril de 2011

BEATIFICAÇÃO DE SUA SANTIDADE, O PAPA JOÃO PAULO II, NO DIA 1 DE MAIO DE 2011

O Papa João Paulo II vai ser Beatificado no próximo domingo, mas as cerimónias prolongam-se por três dias e contam com uma ligação directa a Fátima, que Karol Wojtyla visitou três vezes.
A Beatificação terá várias etapas, dentro e fora do Vaticano, e culmina com o rito presidido por Bento XVI, a 1 de Maio. O actual Papa preside, por norma, às cerimónias de Canonização (proclamação de um novo santo) e esta será apenas a segunda Beatificação que celebra.
O corpo de João Paulo II vai ser trasladado a 29 de Abril para junto do túmulo de São Pedro (séc. I), considerado o primeiro Papa da Igreja Católica, nas grutas do Vaticano, passando para o altar da confissão, dentro da Basílica, onde vai ser exposto aos fiéis, depois da conclusão do rito de beatificação.
O programa completo das celebrações ligadas à beatificação inicia-se a 30 de abril com uma vigília ao ar livre, no Circo Máximo de Roma, momento em que haverá uma ligação em directo a cinco locais de culto dedicados à Virgem Maria, em todo o mundo, incluindo o Santuário de Fátima.
A missa da Beatificação decorre na praça de São Pedro, a partir das 10h00 (menos uma hora em Lisboa), podendo os fiéis entrar, livremente, a partir das 5h00.
O anúncio do nome de João Paulo II como novo Beato vai acontecer pouco depois do início da missa, numa cerimónia que inclui a apresentação do pedido formal de Beatificação pelo cardeal Agostino Vallini, vigário-geral do Papa para a diocese de Roma. Segue-se a leitura da biografia de João Paulo II e a fórmula recitada por Bento XVI, na qual se faz o anúncio da data da festa litúrgica, concluindo-se com o descerramento do retrato do novo Beato e colocação das relíquias junto ao altar.
O Vaticano escolheu o dia 22 de Outubro para a celebração da memória litúrgica do futuro Beato, data da missa de início do pontificado do Papa polaco, e vai permitir que, no primeiro ano após a Beatificação, seja possível celebrar uma "missa de agradecimento a Deus" em locais e dias "significativos", por decisão de cada bispo diocesano.
Na segunda-feira, 2 de Maio, na Praça de São Pedro, às 10:30, será celebrada uma Eucaristia em honra do novo Beato presidida pelo Cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano.
A sepultura dos restos mortais de João Paulo II no andar principal da Basílica vai ser feita de forma privada, no mesmo dia 2, na capela de São Sebastião, localizada na nave da basílica do Vaticano, junto da famosa 'Pietà' de Miguel Ângelo.
João Paulo II morreu a 2 de Abril de 2005 com 84 anos. Durante as cerimónias fúnebres, muitos fiéis na Praça São Pedro gritaram: "Santo subito!" (Santo já!).
Normalmente, o Vaticano respeita um período de cinco anos após a morte para iniciar o processo de Beatificação. No entanto o caso do Papa foi mais rápido devido à "reputação de Santo atribuída ao papa João Paulo II em vida, na morte e após a morte", segundo explicou a Santa Sé em comunicado.
A Beatificação foi anunciada a 14 de Janeiro, depois da publicação do decreto que comprovava um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II, Karol Wojtyla (1920-2005). Trata-se da cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de Parkinson, tal como João Paulo II.
Uma vez beatificado, e para que o Papa polaco se torne Santo, será preciso que um segundo milagre lhe seja atribuído.
Económico com Lusa
Encontro da Família Real com S.S., O Papa João Paulo II, em Março de 2003, pela 2ª vez.
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João Paulo II: Ampola com sangue é a relíquia escolhida para a Beatificação
Relicário será exposto aos fiéis durante a celebração do próximo dia 1 de Maio. Cidade do Vaticano, 26 abr 2011 (Ecclesia) – Uma ampola com sangue de João Paulo II vai ser exposta como relíquia no rito de Beatificação do Papa polaco, marcado para o próximo dia 1 de Maio, anunciou hoje o Vaticano.
Em comunicado, refere-se que o Departamento para as Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice (DCLSP) preparou um “relicário” em que será apresentado o sangue, recolhido aquando dos últimos dias de vida de Karol Wojtyla (1920-2005), tendo em vista uma eventual transfusão.
A missa da beatificação decorre na praça de São Pedro, a partir das 10:00 (menos uma hora em Lisboa), podendo os fiéis entrar, livremente, a partir das 05:00.
O anúncio do nome de João Paulo II como novo beato vai acontecer pouco depois do início da missa, numa cerimónia que inclui a apresentação do pedido formal de beatificação pelo cardeal Agostino Vallini, vigário-geral do Papa para a diocese de Roma.
Segue-se a leitura da biografia de João Paulo II e a fórmula recitada por Bento XVI, na qual se faz o anúncio da data da festa litúrgica, concluindo-se com o descerramento do retrato do novo beato e colocação da relíquia junto ao altar.
Uma relíquia é um objeto preservado com o propósito de ser venerado religiosamente: uma peça associada a uma história religiosa, um objeto pessoal, partes do corpo de um santo ou de um beato.
As relíquias são usualmente guardadas em recetáculos próprios chamados relicários.
O sangue de João Paulo II recolhido para o centro de transfusões do hospital «Bambino Gesú», em Roma, acabou por ficar guardado em quatro recipientes.
Dois deles foram entregues ao secretário particular do Papa polaco, o actual Cardeal Stanislaw Dziwisz, e os outros dois ficaram no referido hospital, que cederá agora uma ampola ao DCLSP.
A Santa Sé refere que o sangue se encontra em estado líquido, explicando o facto com a presença de “uma substância anticoagulante presente nas provetas, no momento da extração”.
A Beatificação de João Paulo II, a1 de Maio, no Vaticano, será presidida pelo seu sucessor, Bento XVI, que vai apresentar o Papa polaco aos católicos como modelo de vida e intercessor junto de Deus, passados pouco mais de seis anos após a sua morte.
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Várias iniciativas assinalam em Fátima a Beatificação de João Paulo II
Fátima, Santarém, 27 Abril (Lusa) -- A Beatificação de João Paulo II vai ser assinalada no Santuário de Fátima, que o Papa visitou por três vezes, com várias iniciativas no fim-de-semana, estando o momento alto das celebrações reservado para dia 13 de Maio.
"Fátima não podia ficar alheia a este acontecimento da Beatificação de um Papa que lhe esteve tão intimamente unido", justificou o Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, António Marto.
No sábado, a partir das 20:00, numa organização do Vicariato de Roma que terá transmissão para todo o mundo através do Centro Televisivo do Vaticano, o Santuário vai participar numa vigília de oração, cabendo aos peregrinos que se encontrarem em Fátima a recitação do último mistério do rosário.
De Margarida Cotrim (LUSA) © 2011 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

OS SOLÍPEDES DO MICROFONE

Como seria normal, sentei-me diante do televisor e fui seguindo os comentários das televisões portuguesas. O zapping oferece-nos a oportunidade de avaliar o nível geral dos profissionais da comunicação e como esperava, o superlativo dislate confirmou-se. Informações erradas são uma vulgaridade nestas ilustres personagens e para quem dedica a sua vida a ler notícias e a visionar os actores políticos do planeta, tal facto é imperdoável. Passando sobre parvoíces como a confusão de dinamarqueses com holandeses, notou-se sobretudo, uma irresistível mania pela conspiração e o anúncio de um "provável" ou "possível" desastre. Neste país que há décadas vive na queda mais absoluta da sua longa história, os repórteres de serviço não fugiram à regra. O nível geral fica-se pela compra de acções subavaliadas, golpes bancários, vigarices adjudicativas e comissõezitas à conta do pagode. Enfim, a república.
Enquanto as imagens da sua própria estação mostravam multidões a perder de vista por avenidas, parques, praças e ruas, os pivots da nossa informação, os tagarelas de luxo, convenciam-se acerca de um imaginado "periclitar" da Monarquia britânica. As entrevistas que de tempo a tempo iam fazendo aos entusiasmados participantes de rua, não foram capazes de os demover da sua augusta estupidez. Sempre de "república" na boca, iam justificando o irresistível contágio a que há muito se entregaram com vergonha de si próprios (1). Mas que intérpretes de gente! Habituados à solenidade das meias brancas de encavacados e outros bem conhecidos solípedes convivas de orçamento, medem o seu microcosmos à lupa, pretendendo extrapolá-lo para outras galáxias. "Se" o casamento não der certo, "se" a Monarquia ainda serve as conveniências da Grã-Bretanha, "se" a Monarquia serve a democracia - como se Portugal pudesse minimamente comparar-se à democracia britânica... - e mais outras tantas interrogações semi-imbecis, polvilharam o histerismo galinhista do todo televisivo português. Faltas de respeito, interrupções da fala de convidados que se dignaram a ajudar o canal a ser mais credível, eis tudo aquilo que se pode dizer. Cem anos "disto" e aqui temos uma anedota de Estado, uma espécie de tropa fandanga de passo desconjuntado e à espera de pré, uma gente que não lembra ao diabo. É "isto", a república portuguesa em iminente queda.
Muita frustração, muita inveja, burrice de estalo, uma excelsa e ignorante arrogância "militante e ajuramentada", resume o todo das pretensas reportagens nacionais.
Quando a noiva entrou na Abadia de Westminster, premi o botão e decidi-me pela BBC. Que pena não o ter feito logo no primeiro minuto! O maior espectáculo do mundo bem merecia.
A Monarquia é de facto outra coisa e aqui está a explicação.
(1) À tarde e já rendidos à evidência, os comentários (SIC) moderaram e são bastante aceitáveis. Há que sermos justos.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

ENTREVISTA DE S.A.R., O DUQUE DE BRAGANÇA A JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS

José Rodrigues dos Santos conversa com S.A.R., O Duque de Bragança em Queluz. Dom Duarte responde à questão do que poderia ser diferente caso vivêssemos em Monarquia. Entrevista transmitida a 29-Abr-2011 na RTP1, na sequência do Casamento Real ocorrido em Londres.
Vídeo:  reallisboapt

UMA HOMENAGEM À FAMÍLIA REAL PORTUGUESA - REAL TUNA ACADÉMICA DO PORTO


Vídeo: Real Associação do Médio Tejo (elaborado por Mónica Calado Franco)

OUTRO TEMPO, OUTRA KATE

A 21 de Maio de 1662 casou-se com Carlos II, aquela que até hoje, seria a última Rainha da Grã-Bretanha com o nome de Catarina. Desde cedo se lhe referiam como Kate, tal como agora é popularmente conhecida a futura consorte de Guilherme de Gales. O casamento foi cuidadosamente tratado e se para Portugal significou a garantia da independência em boa hora restaurada no 1º de Dezembro de 1640, para os britânicos marcou decisivamente, o momento da ascensão imperial que levaria a Union Jack a todo o planeta. Não será muito ousado afirmar que essa segurança proporcionaria a Portugal, a manutenção de um império ultramarino que chegaria ao nosso tempo e hoje significa a presença da língua portuguesa em quatro continentes.
Os noticiários têm passado constantes imagens do movimento em torno do enlace daquele que num futuro ainda distante, será o monarca do nosso mais antigo - talvez o único, constante, teimoso e verdadeiro - aliado. A esmagadora maioria entusiasmar-se-á por um espectáculo que segundo os cânones ingleses, surge como uma obra de cinema avidamente seguida por dois mil milhões de espectadores. Se uns tantos criticam o evidente dispêndio de somas destinadas a uma organização que zela para que tudo surja impecavelmente disposto e apresentado, muitos já pasmam com o caudal de ouro que entra nos cofres do Estado. Materialmente, a Monarquia consiste num esplendoroso negócio para a Grã-Bretanha e em qualquer loja de rua amontoam-se souvenirs que podem atingir preços exorbitantes, adquiridos por coleccionadores em todo o mundo. É certo que se o kitsch e a irreverência são parte integrante no conjunto da oferta, há que notar a extraordinária qualidade de peças que vão desde as faianças à joalharia, vestuário e acessórios. O famoso By Appointment of H.M. The Queen, consiste numa inesgotável fonte de receitas para o Exchequer e paralelamente, nota-se a existência de uma próspera indústria que dá trabalho a um importante contingente de cidadãos. A Monarquia é sinónimo de Grã-Bretanha e de Commonwealth e o fraquíssimo e quase caricato "movimento republicano", não passa de uma curiosidade ao nível de anedota cockney.
Para incredulidade dos observadores do continente, a Coroa goza de um imenso prestígio dentro e fora das fronteiras do país, pois soube ser nas horas difíceis, o essencial esteio daquela união popular que permitiu vencer todas as adversidades, por mais gravosas que pudessem apresentar-se. A uma jornalista espantada dizia a Rainha Isabel, a mãe da actual monarca, que "os londrinos esperam ver-me sempre firme e bem apresentada, eles querem ter a certeza de que a Rainha está ali, que não teme nem foge". Se as palavras não foram precisamente as mesmas que aqui deixamos, foi esta a mensagem transmitida. Londres vivia os meses terríveis do blitz imposto pela Luftwaffe e a constante presença de Jorge VI e de Isabel nas ruas de Londres, levaria Hitler a considerar a soberana, como "a mulher mais perigosa da Europa". Para os britânicos, canadianos, neo-zelandeses, australianos, sul-africanos, jamaicanos e tantas outras populações daquilo que conhecemos como Commonwealth, o Palácio de Buckingham foi o centro de uma certa ideia de um mundo livre que para sempre queriam preservar. Os símbolos contam e pelo que se vê, estão longe, muito longe de desaparecerem. Um exemplo é a evidente alegria que varre todo o país, onde os entusiastas colocam ombro a ombro britânicos, as comunidades imigrantes e muitos milhares de turistas que acorreram à capital do Reino Unido.
Amanhã veremos uma cerimónia sem igual, um eco que o passado também já viu desfilar pelas ruas de Lisboa. Imagens de bom gosto, de um imenso orgulho de mostrar ao mundo aquilo que a Grã-Bretanha tem de melhor. Algumas carruagens, talvez bem modestas se compararmos com a quase acintosa qualidade e requinte daquelas que mal conservamos no Museu dos Coches, serão o foco de todos os olhares e mostrando a quem quiser ver, a não cedência perante modas efémeras ou à ausência de convicções de uns tantos ressabiados que diante dos televisores, não deixarão de proferir uns tantos ditos jocosos. Não perdendo sequer uma imagem, contentar-se-ão no ensimesmar de rancores e porque disso estamos seguros, de uma inveja larvar que é bem um sintoma de vários desesperos e desgraças que geralmente recaem sobre as pobres cabeças que dizem governar.
As Monarquias servem sobretudo nos momentos difíceis. Hoje o Reino Unido aproveita esta oportunidade e durante horas a fio, beneficiará de uma publicidade comparável a um evento de nível mundial, estimulando a economia, arrecadando cabedais para o tesouro público e enchendo de contentamento negociantes, políticos e populares que anseiam por melhores tempos. As guerras, as discórdias partidárias, o difícil equilíbrio de poderes ou as crises económicas, causam perturbações à segurança dos Estados e assim sendo, a necessidade de referências comuns torna-se imperiosa. Não é um chefe de partido ou um exaltado mas efémero caudilho, quem conseguirá concitar a quase unânime aquiescência que aqueles momentos exigem. Os ingleses sabem-no bem, enquanto nós, portugueses, fazemos os possíveis para não reconhecer essa evidência. É que bem vistos os factos, também temos a "nossa Commonwealth", ainda tímida e hesitante, mas não menos promissora. Se quisermos.
Catarina de Bragança, Rainha da Inglaterra, Escócia e Irlanda

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A BOA VINDA

A vinda do FMI é boa, apenas, no sentido de nos abrir os olhos. Abrir os olhos aos hipnotizados pela lenga-lenga das conquistas irreversíveis. Não há "conquistas" irreversíveis! O Estado-Social, tal como apareceu nos anos 50, tinha espaço numa conjuntura de crescimento económico muito significativo, a demografia era estanque, o mercado era emergente, a finança não especulava, os juros eram relativos ao peso específico de cada país. Passados 60 anos as contas são outras. O modelo tem de ser redesenhado face a novas contingências, principalmente a demográfica. No modelo em que vivemos o Estado-Social dura mais uma década. Não querer ver isso é não querer fazer, AGORA, as reformas necessárias. O que deve ser apoiado pelos impostos? Quais as infraestruturas ou estruturas imprescindíveis? Qual a nossa capacidade? Que meios, que redistribuição é possível? O que deve ser o apoio social e em que áreas?
Aqueles que dizem que não se pode tocar no "estado-social" são os principais culpados por este vir a finar. É sempre assim. O povo vive entretido e quando vota vota por clubismo. Depois a culpa é de "todos"! Os políticos e os sindicatos preparam-se para destruir o estado-social em nome das "conquistas" irreversíveis, do "intocável", em nome da frustração que os tolhe.

UMA SUGESTÃO VINDA DA GRÃ-BRETANHA

Sabemos que os britânicos são eurocépticos e isso dever-se-á a múltiplos factores, um dos quais, a Commonwealth, não será insignificante. Aqui está algo que Portugal devia ter em conta e ainda ontem, ouvimos Ramos Horta dispor-se a concertar esforços com outros países da CPLP, procurando ajudar Portugal a escapar à humilhante usura a que o regime nos remeteu.
Na velha aliada, há quem não esteja desatento e o tema parece merecer o interesse dos leitores. Estamos acostumados a pensar que a invocação da "velha aliança", consiste num estéril e unilateral exercício de retórica saudosista, mas afinal não é isso o que muitos britânicos pensam. Atendam à enorme quantidade de comentários e até, às originais sugestões apresentadas, tendentes a uma reaproximação luso-britância.
"Portugal is our oldest and truest friend in Europe, and has ranged itself alongside us in quarrel after quarrel. We were prepared, through the centuries, to support our allies  against pressure from Madrid and Paris. If we will not now support them against pressure from Brussels and Frankfurt, who will?"
Pode ler dois textos completos aqui e aqui.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

S.A.R., DOM DUARTE DE BRAGANÇA AO CORREIO DA MANHÃ SOBRE A NOIVA DO PRÍNCIPE WILLIAM

"KATE TEM UM PERCURSO IMPECÁVEL", Dom Duarte Pio, Duque de Bragança
Correio da Manhã – O casamento de William e Kate poderá unir os britânicos em torno da família real?
Dom Duarte Pio – Os casamentos nas famílias reais têm sempre um grande impacto positivo de natureza afectiva, mas também no campo político e económico. Os povos choram os seus reis quando eles morrem, preocupam-se com os seus problemas familiares e participam nas suas alegrias.
– Kate poderá aproximar mais os membros da Casa de Windsor e o povo?
– Acredito que o facto de Kate pertencer a uma família burguesa de uma pequena terra de Inglaterra faça a maioria dos ingleses identificar-se mais facilmente com ela. De resto, ela tem um percurso de vida impecável, sem nada que se lhe possa apontar pessoalmente.
– E não seria de esperar que Dom Duarte fosse convidado?
– As minhas relações de amizade e colaboração com o Príncipe Carlos e com o seu pai não proporcionaram a criação de uma amizade particular com os filhos. Por outro lado, o Príncipe herdeiro é o Príncipe Carlos, como tal, este casamento não tem o mesmo protocolo. De Portugal só foi convidado o embaixador em Londres.
Correio da Manhã - 27-04-2011

A EMIGRAÇÃO: FACTOR DE DESENRAIZAMENTO CULTURAL

Os portugueses estão de novo a emigrar, cada vez em maior número, para escapar ao desemprego e degradação das condições de vida que se tem vindo a acentuar nos últimos tempos no nosso país. E, agora, não são apenas agricultores analfabetos que partem à procura de melhores condições de vida – são também jovens licenciados e empresários que não conseguem obter emprego ou alcançar sucesso empresarial.
Partem aos milhares, agora com destino preferencial para Angola, Espanha, Andorra, Suíça, Brasil e Reino Unido. Também a emigração temporária tem vindo a aumentar consideravelmente, sobretudo junto das populações raianas. O crescimento da emigração tem contribuído para deturpar os verdadeiros índices do desemprego cujos números divulgados já ultrapassaram largamente meio milhão de desempregados. De resto, também o Instituto Nacional de Estatística não revela dados relativos à emigração de portugueses.
A par da emigração, Portugal tem vindo também a registar uma forte imigração de pessoas oriundas sobretudo do Brasil e de países africanos e asiáticos e ainda, embora em número bem mais reduzido, de cidadãos europeus que escolhem Portugal para melhor usufruir dos rendimentos de uma aposentação num país de clima ameno e acolhedor.
As políticas seguidas têm levado à estagnação demográfica e a um acentuado despovoamento do interior que vem justificar o encerramento contínuo de escolas, hospitais e serviços de saúde e entregando os cuidados nesta área à responsabilidade do país vizinho. Os terrenos são deixados incultos à espera de quem, a pretexto do turismo rural, lhes demarque couto e transforme povoações inteiras em domínio privado. As obras da barragem do Alqueva apenas ficaram concluídas quando praticamente já não havia alentejanos a viver em redor…
Para o emigrante, o tempo pára no mesmo instante que deixa a sua terra. Consigo leva a lembrança de um tempo que jamais poderá reviver e parte para outra realidade que, por mais bem sucedida que seja a sua adaptação ao novo meio social, nunca se integrará realmente. E, quando regressa, constata que já nada se assemelha àquilo que existia à altura da sua partida. O emigrante viaja num tempo intermédio que não decorre e não se situa mais no espaço físico.
À medida que as aldeias se despovoam, desce sobre o velho casario um manto de solidão e tristeza. Já não se ouvem os chocalhos além na campina nem os sinos da igreja repicam as ave-marias. As malhadas e as desfolhadas não passam já de memórias de postal ilustrado e as romarias perderam o fulgor de outras eras. Os que ainda aí nasceram já partiram para terras distantes e, onde quer que agora residam, encontram sempre um pretexto para se reunirem aos seus compatriotas e procurarem reviver como podem os momentos alegres que tiveram de deixar para trás.
Em Champigny-sur-Marne, nos arredores de Paris, a Rádio Alfa assegura emissões diárias para a comunidade portuguesa aí residente, transmitindo-lhes informação e música portuguesa que ajuda os nossos emigrantes a manter os laços com Portugal. É um exemplo que se multiplica por todos os países onde existem comunidades portuguesas. O mesmo sucede com a formação de grupos folclóricos e casas regionais que procuram preservar as suas tradições. Apesar de não estarem já inseridos no seu contexto natural ou seja, o meio rural, a sua acção é importante e justificada na medida que não é o espaço físico mas as pessoas que são dotadas de identidade cultural. O mesmo se verifica em relação àqueles que migram dentro do próprio país, mormente para os grandes centros urbanos.
A emigração forçada constitui um flagelo social das sociedades menos desenvolvidas ou a viver em sérias dificuldades, resultante de catástrofes económicas geralmente produzidas em consequência de políticas que não têm em conta o ser humano. Mas também em virtude de acidentes da natureza como se verificou nos finais do século XIX quando a praga da filoxera forçou o despovoamento das terras durienses. Agora, designam de a emigração pelo eufemismo “livre circulação de mão-de-obra” como se alguém que é forçado a partir para um meio estranho e a deixar os seus familiares e amigos, apenas porque na sua terra não consegue obter meios de sobrevivência e vida digna, o fizesse de forma realmente livre. A emigração em massa representa uma forma de escravatura do capitalismo e de desenraizamento cultural dos povos e perda de identidade das nações.
Carlos Gomes, Jornalista Licenciado em História

terça-feira, 26 de abril de 2011

2º ANIVERSÁRIO DA CANONIZAÇÃO DE SÃO NUNO DE SANTA MARIA, O SANTO CONDESTÁVEL

Hoje, 26 de Abril de 2011, é DIA de ALEGRIA para PORTUGAL e para os PORTUGUESES por se comemorar o 2.º ANIVERSÁRIO DA CANONIZAÇÃO DE SÃO NUNO DE SANTA MARIA. Rezemos por este nobre e enorme reconhecimento deste HERÓI NACIONAL.
Família Real no Vaticano no dia da Canonização
Nesse glorioso dia, a Família Real foi recebida por Sua Santidade, O Papa Bento XVI

REAL FRASE DO DIA

Entrevista ao Jornal "O Diabo" de 12-04-2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

S.A.R., DOM DUARTE: "OS CASAMENTOS REAIS SÃO MOMENTOS DE LIGAÇÃO COM O POVO QUE AS REPÚBLICAS NÃO CONSEGUEM TER ESSE ELEMENTO"

O Herdeiro ao Trono Português, Dom Duarte Pio, defendeu que os casamentos reais são momentos de "ligação" com o povo, proporcionando uma "face humana" à política que a República tenta, em vão, alcançar com dinastias como os Kennedy, nos Estados Unidos.
Em entrevista à Lusa, Dom Duarte Pio, que não foi convidado para o casamento do Príncipe William de Inglaterra, afirmou que estes eventos são "sentidos pela população como sendo um casamento de família".
"Muito importante para dar uma face humana à vida política de um país"
"Por isso é que todas pessoas participam, alegram-se, preocupam-se com os problemas da família real, choraram as mortes dos reis e esta ligação íntima entre uma família e o seu povo é uma mais-valia muito importante para dar uma face humana à vida política de um país", afirmou.
Para Dom Duarte Pio, "as repúblicas não conseguem ter esse elemento".
"Tentam, formam-se dinastias políticas, como os Kennedy, na América, mas normalmente são mal vistas pelo sistema político. Acontece muito com repúblicas menos democráticas, como a Coreia do Norte", argumentou.
O pretendente ao trono em Portugal acredita que os casamentos reais podem suscitar discussão sobre a monarquia nos países que são repúblicas, como Portugal, tendo em conta a atenção mediática que concentram.
"A CNN passou o nosso casamento durante pelo menos uma quarto de hora"
Duarte Pio sublinhou o "grande impacto que tiveram os casamentos das infantas de Espanha, e do príncipe Filipe", assim como o seu próprio casamento, "que foi visto por centenas de milhares de pessoas de todo o mundo, através das televisões, foi uma enorme promoção turística portuguesa, que não custou nada ao Estado".
"A CNN passou o nosso casamento durante pelo menos uma quarto de hora", afirmou.
Duarte Pio não foi convidado para o casamento de William de Inglaterra com Kate Middleton, referindo que, apesar de ser um casamento de Estado, não é o casamento de um príncipe herdeiro (que é o príncipe Carlos, pai de William).
Sobre a Família Real Inglesa, o Herdeiro ao Trono de Portugal admira o "trabalho fantástico" do príncipe de Gales em matérias como o incentivo à agricultura biológica, com o qual tem colaborado.
Por outro lado, Dom Duarte Pio colabora com o príncipe Eduardo e o Duque de Edimburgo no prémio Infante D. Henrique, a versão portuguesa do prémio Duque de Edimburgo, um programa internacional de desenvolvimento pessoal e social, para jovens dos 14 aos 25 anos.
"Quando não se é convidado não se mandam presentes"
"Sou convidado para vários acontecimentos mas não para este casamento, é um casamento de Estado, mas não como se fosse do Príncipe Herdeiro", afirmou.
Questionado sobre se enviará um presente aos noivos, Dom Duarte Pio disse que "não tinha pensado nisso", mas acrescentou que "quando não se é convidado não se mandam presentes".
Expresso de 25-04-2011

(Clique nas imagens para ampliar)

PRÍNCIPE PORTUGUÊS EXPULSO DE ANGOLA

"Príncipe português expulso de Angola". A notícia começou por levar o carimbo de 'Demorado' mas viria a ser proibida. "Dom Duarte de Bragança, Príncipe da Beira, Herdeiro do do Trono Português, foi expulso de Angola, onde se tinha deslocado a fim de apoiar alguns candidatos oposicionistas às próximas eleições. A expulsão do Príncipe, daquela província, onde durante dois anos (1969/70) prestara serviço militar, é considerado pelos monárquicos portugueses como um grave desrespeito para com a causa". -  Jornal "Expresso", 25-04-2011
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Expresso lança "O que a censura curtou" - No prefácio do livro escrito por José Pedro Castanheira, Francisco Pinto Balsemão lembra como o 25 de Abril salvou o Expresso.
O Expresso lança na edição do próximo sábado, 25 de Abril, o livro "O que a Censura Cortou". Com este livro, com o qual o Expresso assinala a passagem dos 35 anos do 25 de Abril , o leitor pode descobrir as reportagens, as entrevistas, as fotografias, as notícias, as opiniões e até as palavras cruzadas e os cartoons que, até à Revolução dos Cravos, o crivo do "lápis azul" não deixou serem publicados. Este livro, com um preço de 9,90 euros, é assinado pelo jornalista José Pedro Castanheira, com prefácio do presidente do Grupo Impresa e fundador do Expresso. Francisco Pinto Balsemão conta nesse texto como o 25 de Abril salvou o Expresso.

"PAU QUE NASCE TORTO, MORRE TORTO"

Como diz o nosso amado povo: “pau que nasce torto, morre torto”. Ora, esta república com 100 anos encaixa-se precisamente nesse dizer. Manchada de sangue, imposta de uma forma antidemocrática, pela força das armas, sobre um regime então livre, liberal e democrático, só envergonha Portugal e os portugueses. Quatro falências económicas com recurso externo. Que legitimidade tem ela ainda hoje? Quando foram os portugueses ouvidos sobre se queriam este regime imposto por um partido em 1910?
A nossa Monarquia foi e seria algo diferente. Trazia (por via referendária), e em primeira instância, uma nova alegria…um novo começo. Um novo fulgor para as nossas gentes! Basta-nos saber que em Monarquia fomos outros, fomos grandes e médios…nunca pequenos. Nunca falimos. E quando tivemos dificuldades, porque as tivemos em Monarquia, soubemos as ultrapassar com o nosso próprio esforço e desembaraço. E porquê? Porque a mentalidade era outra! Uma mentalidade que nenhum de nós conheceu. Por isso se dê, ao menos, o benefício da dúvida, pois nem sempre fomos assim…república. Éramos objectivamente mais unidos, mais unidos em volta das figuras do Rei ou Rainha!
PPA - A Incúria da Loja

domingo, 24 de abril de 2011

UMA SANTA E FELIZ PÁSCOA PARA TODOS!

Cristo ressuscitou dos mortos, segundo as Escrituras! Esta é a razão fundamental da nossa vida em Cristo, pois "se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e também é vã a nossa fé".
Só Cristo vivo faz sentido, porque só nessa plenitude de vida podemos esperá-Lo do Céu para julgar os vivos e os mortos. Graças a Deus pela realidade da ressurreição de Cristo, que nos dá a certeza que, mesmo depois de mortos na nossa carne, voltaremos a ver a Deus com nossos corpos ressuscitados e glorificados!
Glória a Jesus!
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A todos os que visitam o Blog Família Real Portuguesa, desejo-vos e a todos os vossos familiares uma Santa Páscoa com alegria pela Ressurreição de Cristo e que Ele esteja no coração de todos nós nesta Páscoa!
Feliz Páscoa! Alleluia!

sábado, 23 de abril de 2011

S.A.R., DOM DUARTE: CONDENA FALTA DE INVESTIMENTO EM "ECONOMIA PRODUTIVA"


Em entrevista à Lusa, Dom Duarte Pio afirmou que a atual crise vem dar-lhe razão quando criticou a entrada do país no euro e pede “respeito” pelo dinheiro dos impostos dos cidadãos dos países europeus que vai ser usado na assistência financeira a Portugal.
No contexto da crise política, económica e financeira, considera que Cavaco Silva, por quem tem “muita admiração pessoal”, tem tido “um papel positivo e útil”.
“Estou convencido de que a situação de crise que vivemos leva-nos a considerar que apesar de termos tido bons presidentes, como o general Ramalho Eanes, o Presidente Cavaco Silva, pessoas excelentes e com muito valor, apesar disso, tiveram dificuldade em fazer acreditar que são isentos”, afirmou.
“Tentam, fazem um trabalho nesse sentido, mas quem acreditaria no futebol num árbitro que pertencesse a um dos clubes em jogo, mesmo que o árbitro seja totalmente sério? Uma das razões que torna tão difícil o trabalho do Presidente da República é ser sempre suspeito de ser partidário do seu próprio clube político”, argumentou, numa referência a uma das mais-valias que considera existir na Monarquia.
Dom Duarte Pio considera que se no país tivesse havido uma tomada de consciência “da situação” há três anos, a “atitude tinha sido outra”, embora identifique a raiz dos problemas mais atrás.
“Se quando entramos na União Europeia tivéssemos investido naquilo que é reprodutivo, como sejam o fomento da produção, a educação da população, formação técnica e profissional, hoje estaríamos numa economia produtiva e com uma balança comercial positiva”, argumentou.
“A economia produtiva foi assassinada, a agricultura foi em grande parte abandonada, a produção industrial diminuiu”, acrescentou.
“Recebemos imenso dinheiro para gastar, em coisas que podem ser muito engraçadas, como a Expo, ter autoestradas por todo o lado, ter centros culturais de Belém, monumentos, mas isso não produz riqueza”, defendeu.
Por outro lado, defende que Portugal não estava “em condições de entrar na moeda única”: “A nossa economia não era suficientemente competitiva para termos a moeda dos alemães. Agora já dizem que não devíamos ter entrado no euro. Estes acontecimentos dão-me totalmente razão. Se tivéssemos uma moeda própria poderíamos manipula-la”, disse.
O Herdeiro ao trono critica também “o hábito de comprar produtos estrangeiros” que se foi instalando na mentalidade portuguesa, a começar pela falta de exemplo do Estado, e diz que há que começar a “comprar sempre que possível um produto feito em Portugal” e “forçar hipermercados a favorecerem a produção portuguesa”.
“Os hospitais portugueses foram todos equipados com cerâmicas importadas. Não se vê um carro feito em Portugal ao serviço do Estado português, desde a Presidência às Câmaras Municipais”, ilustrou.
Para Dom Duarte Pio, num cenário de crise, sobressaem as qualidades das Monarquias, em que, defendeu, o monarca desenvolve “uma ação pedagógica, quase um pouco familiar, paternal”, junto dos partidos e que “os leva a coordenarem as suas posições, a confiarem no Rei e a resolver os problemas por acordo, evitando os confrontos e as hostilidades públicas”.
@Lusa, 23-04-2011
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SÁBADO SANTO OU SÁBADO DE ALLELUIA

Durante o Sábado Santo, também conhecido como Sábado de Alleluia, a Igreja permanece em pensamento junto ao sepulcro do Senhor, meditando a Sua paixão, a Sua morte e a Sua descida à mansão dos mortos e, esperando na oração e no jejum, a Sua Ressurreição. No dia do silêncio, a comunidade cristã vela como se estivessem junto ao sepulcro. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar nas Igrejas está despojado. O sacrário aberto e vazio. Neste dia, à noite, há uma Vigília Pascal em que os fiéis estão reunidos em oração durante toda a noite até ao amanhecer de Domingo. À meia-noite, é celebrada uma missa, a conhecida como "a Missa da Alleluia" e é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os sacerdotes e os ministros revestem-se de branco para a Santa Missa. A Vigília de Páscoa, também chamada de Vigília Pascal, é a celebração mais importante do calendário litúrgico cristão, por ser a primeira celebração oficial da Ressurreição de Jesus.

3º ANIVERSÁRIO DO BLOG FAMÍLIA REAL PORTUGUESA

Não tenho discurso, apenas uma constatação: - foi bom ter chegado até aqui, e com a sensação de que há muito para ainda percorrer. Agradeço aos  leitores, aos amigos mais perseverantes que tenho, e a todos que me instigam e desafiam para continuar.
Muito obrigada a todos quantos têm tornado este "Projecto", não só possível, como bem sucedido...
Bem Hajam!
VIVA O REI! VIVA A FAMÍLIA REAL!
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São Jorge (275 - 23 de abril de 303). É o santo padroeiro em diversas partes do mundo.
Padroeiro de Portugal: Pensa-se que os Cruzados ingleses que ajudaram o Rei Dom Afonso Henriques a conquistar Lisboa em 1147 terão sido os primeiros a trazer a devoção a São Jorge para Portugal. No entanto, só no reinado de Dom Afonso IV de Portugal que o uso de "São Jorge!" como grito de batalha se tornou regra, substituindo o anterior "Sant'Iago!". O Santo Dom Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino, considerava São Jorge o responsável pela vitória portuguesa na batalha de Aljubarrota. O Rei Dom João I de Portugal era também um devoto do Santo, e foi no seu reinado que São Jorge substituiu Santiago como padroeiro de Portugal. Em 1387, ordenou que a sua imagem a cavalo fosse transportada na procissão do corpo de Cristo.
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Afinal no dia em que abri para o "mundo virtual" este blog, tive São Jorge, o Santo Guerreiro que ao estender-me o seu escudo e as suas poderosas armas, tem-me dado forças para continuar a luta "contra os dragões"... Ó Glorioso São Jorge, ajudai-me a superar todo o desânimo e alcançar a graça que tanto desejo! Amén.
A partir de hoje vai ser o patrono do blog Família Real Portuguesa.
Hoje, também, é sabado Santo ou sábado de Aleluia! Muita coincidência (ou nada é por acaso)  no 3º aniversário deste blog que me causou muita emoção.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

FAMÍLIA REAL VAI A ELVAS ENTREGAR DONATIVO AO MOVIMENTO TERESIANO APOSTÓLICO

S.A.R., A Duquesa de Bragança, S.A.R., Dom Duarte e Irmã Fátima Magalhães
S.A.R., A Duquesa de Bragança, com Seu Marido S.A.R., Dom Duarte de Bragança, estiveram esta tarde de quarta-feira 20 de Abril, em Elvas em missão de solidariedade.
A Duquesa, Dona Isabel de Bragança, representando a Real Ordem de Santa Isabel, esteve no Colégio Luso – Britânico para entregar à responsável do MTA (Movimento Teresiano Apostólico) em Elvas, Irmã Fátima Magalhães um donativo de 10.000€ para ajudar esta Secção do Movimento Teresiano Apostólico (MTA) de Elvas, a fazer face às inúmeras solicitações diárias de ajuda.
S.A.R., Dona Isabel (centro) acompanhada de voluntários do MTA (Movimento Teresiano Apostólico)
Antes da entrega do valor, os voluntários dos vários projectos de solidariedade, que actuam no terreno em Elvas, fizeram uma breve descrição e transmitiram a D. Isabel Herédia, as várias situações que encontram no dia-a-dia no cumprimento das missões.
A intervenção, da Duquesa de Bragança, foi feita de uma forma simples e humilde, e de grande simpatia para com os presentes. Elogiou o trabalho de voluntariado levado a cabo pelo MTA e em particular pela responsável local, Fátima Magalhães. Realçou a importância da defesa da vida e o esquecimento a que estão sujeitos os mais idosos.
No final do encontro a Irmã Fátima Magalhães, em conversa com a comunicação social mostrou a sua satisfação por ter recebido o donativo e alertou para as situações graves de pobreza que se estão a viver em Elvas.

(Para ouvir S.A.R., A Duquesa de Bragança, à Rádio Elvas)
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FOTOS 
 
 
 
 
Fotos: Rádio Elvas
Ver mais fotos AQUI
Fonte da notícia: Portal Alentejano
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O QUE É O MTA?

A Família Teresiana, presente em mais de 23 países da Europa, América, África e Ásia, celebra o seu fundador, Santo Henrique de Ossó, a 27 de Janeiro, a que se juntam as 16 comunidades de Portugal.
Em Elvas, na Comunidade do Colégio Luso-Britânico, a festa de Santo Henrique será com a Comunidade educativa no dia 27 de Janeiro e com o MTA-Movimento Teresiano Apostólico no dia 29 de Janeiro, com a presença do arcebispo de Évora, D. José Alves.
Henrique de Ossó é um sacerdote, espanhol do século XIX, que nasceu a 16 de Outubro de 1840 em Vinebre, Província de Tarragona, diocese de Tortosa, bem perto de Barcelona.
Fundou a Companhia de Santa Teresa de Jesus (Irmãs Teresianas) e o MTA, “um movimento de leigos e leigas na Igreja, assessorado pelas Irmãs Teresianas, que contribui a modo de fermento na construção do Reino de Deus, através do compromisso cristão no próprio ambiente e no empenho em causas solidárias, inclusivas e interculturais, defendendo sempre a dignidade da pessoa e o cuidado da vida”, refere a Maria de Fátima Magalhães.
Foi beatificado por João Paulo II, na Praça de São Pedro, em Roma, a 14 de Outubro de 1979.
A 16 de Junho de 1993 foi canonizado também por João Paulo II, na Praça Colombo, em Madrid, durante uma visita apostólica que o falecido Papa realizou a Espanha.
Qual a sua missão? - Transformar o mundo através da oração/acção, do viver proclamando o Evangelho pela palavra e pelas acções.
Qual o seu objectivo: - Oferecer às crianças, jovens e adultos a oportunidade de crescer na fé e no compromisso de viver uma vida cristã autêntica, através da convivência fraterna e comunitária, da experiência profunda de oração, a partir da espiritualidade teresiana.

COMENTÁRIOS NO JORNAL "O DIABO": "COM UM REI O PAÍS NÃO ESTAVA ASSIM"

Jornal "O Diabo" - 19-04-2011

HOJE É SEXTA-FEIRA SANTA OU SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO.

A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João comtemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.
Hoje não se celebra a missa em todo o mundo. O altar é iluminado sem mantel, sem cruz, sem velas nem adornos. Recordamos a morte de Jesus e façamos um minuto de silêncio às 15h00, hora em que Jesus subiu ao céu.

SANTOS SEM CORPO E POLÍTICOS SEM CABEÇA

Ao contrário do que é comum dizer-se, Luís XVI, ao ser guilhotinado, não perdeu a cabeça. Aliás, a única coisa que não perdeu foi, precisamente, a cabeça. Com efeito, em virtude da sua degolação, perdeu certamente o trono, a coroa e o corpo, mas não a cabeça, porque é de supor que um homem é, sobretudo, a sua cabeça.
Reza a história que, já depois de separada a régia cabeça do seu tronco, ainda se ouviu um real ai, mas talvez não deva ser levada a sério essa suposição. Como também não pode ser verdadeira a piedosa lenda daquele mártir que, já degolado, tomou a cabeça nas mãos e beijou-a, acontecimento que, de não ser metafisicamente impossível, ganharia a palma a todos os milagres havidos e por haver.
Que o homem é, ou deve ser, principalmente, a sua cabeça, tem sido motivo de não poucos equívocos, quase sempre provocados por essa infeliz mania de se cortarem as cabeças aos homens que, como os mártires, fazem questão de delas se servirem mais do que consentem as modas e os tiranos.
Que o diga São João Baptista, a quem a fúria de Herodes, atiçada pela filha da amante, decapitou, nos excessos de uma orgia em que a abundância de vinho toldou o que ainda lhe restava de razão e consciência.
Que o diga ainda São Thomas More, a quem o também adúltero Henrique VIII impediu de pensar pela sua cabeça, teimosamente obstinada em não aprovar os desatinos reais. Por isso, a mesma lhe foi, por especial privilégio, arrancada. Com efeito, a lei exigia que o ex-chanceler fosse esquartejado, mas o rei concedeu-lhe a graça de ser apenas decapitado. Thomas More muito agradeceu tal favor, sugerindo contudo a sua graciosa majestade que privasse dessa mercê os seus restantes amigos, para que não viesse a ficar sem nenhum.
Tirar cabeças era tão comum ao dito rei que várias das suas desquitadas mulheres sofreram essa desagradável experiência. Por esta razão, uma princesa alemã, por ele pretendida, se escusou dizendo que, tendo uma só cabeça, não podia arriscar tão perigosas núpcias. Tivera duas cabeças - acrescentou - e uma seria, sem dúvida, do augusto pretendente à sua mão e, quiçá, à sua cabeça.
Quando a cabeça é separada do respectivo tronco, nem sempre é fácil saber onde subsiste o sujeito em questão. Por exemplo, quando João Paulo II nomeou São Thomas More padroeiro dos políticos, quis conceder-lhes como protector a cabeça que, num acto de heróica fidelidade à fé e aos próprios princípios morais, preferiu renunciar à sua vida, do que comprometer a consciência. Só que a grande maioria dos políticos aceitou por modelo não a cabeça sem corpo, como era de supor, mas o corpo sem cabeça.
Quando um político estorva, é quase sempre por causa da sua consciência, ou seja, por razão da sua cabeça. Um Luís XVI guilhotinado, um São João Baptista degolado ou um São Thomas More decapitado não incomodam ninguém. Por isso, alguns políticos, para evitarem dores de cabeça, não quiseram a do mártir, preferindo para seu padroeiro o corpo, sem cabeça, do ex-chanceler. Muitos aliás, diga-se de passagem, têm sido extraordinariamente devotos do decapitado corpo do seu santo intercessor.
Em Fátima, Bento XVI recordou a necessidade de governantes que sejam "verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo", deplorando os que, embora aparentemente católicos, "dão as mãos ao secularismo, construtor de barreiras à inspiração cristã". Abundam os políticos, mas quase todos são incrédulos assumidos ou "crentes envergonhados". Falta quem seja um autêntico seguidor de Cristo e defenda, "com coragem, um pensamento católico vigoroso e fiel".
Sobram corpos decapitados pelo pragmatismo das conveniências, mas faltam políticos com alma. E com cabeça, claro!
Gonçalo Portocarrero de Almada - Licenciado em Direito e doutorado em Filosofia. Vice-presidente da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF).

quinta-feira, 21 de abril de 2011

REI DOMINA PRAÇA QUE MERECEU PRÉMIO DA UNIÃO EUROPEIA

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QUINTA-FEIRA SANTA: ÚLTIMA CEIA DE JESUS COM OS APÓSTOLOS - CRISTO INAUGUROU UM NOVO SACERDÓCIO

Na Quinta-feira Santa à tarde, quando se inicia o Tríduo Pascal, a Igreja celebra a instituição do maior dos sacramentos, a Eucaristia. É o sacramento do amor – sacramentum caritatis. A oferta de Jesus na cruz foi sacramentalmente antecipada na última Ceia pelas palavras do Divino Mestre sobre o pão e sobre o vinho, respectivamente: "Isto é o meu corpo entregue. Este é o cálice do meu sangue, o sangue da Nova e Eterna Aliança, derramado..."
Também, neste dia, Jesus instituiu o sacerdócio ministerial. Na Igreja, em virtude do Baptismo, todos são inseridos no único sacerdócio de Cristo. Entretanto, como o plano de Deus obedece à economia sacramental, existem na Igreja aqueles que fazem as vezes de Cristo Sacerdote. Estes são os sacerdotes ordenados. O sacerdócio ordenado existe para o bem do Povo de Deus. Pela pregação da Palavra, pelo governo da Igreja, pela celebração dos sacramentos – especialmente a Eucaristia –, o ministro ordenado, representando Cristo, serve aos fiéis baptizados para que todos sejam associados ao único Sacerdote da Nova e Eterna Aliança.

BENTO XVI E AS CELEBRAÇÕES DA SEMANA SANTA: - PARA REFLEXÃO DA SEMANA FIDELÍSSIMA QUE OSTENTA AS 5 CHAGAS DE CRISTO NA BANDEIRA


Porque fomos diversas vezes distinguidos na nossa História com o título de Nação Fidelíssima, porque desde 1748, "Sua Magestade Fidelíssima" é um título que os Monarcas em Portugal podem ostentar, porque somos um povo de pulsar Católico tradicional, porque ainda há um ano fomos honrados com a visita de Sua Santidade (que saudade!), fica acima o vídeo da exposição do significado do Tríduo Pascal, feita hoje em Roma, na Audiência Geral, por Bento XVI.
Que no meio das vicissitudes do presente, não tomemos o efémero por permanente, nem uma crise terrena por mais do que qualquer dor de algo que é findo com a morte. Só com o recuperar da visão do homem como ser completo na sua transcendência, com Alma que anseia pelo seu Divino Criador, o Deus Uno e Trino, consubstancial em Pai, Filho e Espírito Santo, poderemos ter a noção de quão relativas são todas as crises, quando comparadas com a promessa da Eternidade, que nos é aberta na Páscoa do Senhor. Se do lado trespassado de Cristo jorrou sangue e água, à sua morte na Cruz foi associada a redenção baptismal das nossas falhas. Como se dizia no I vol. de Jesus de Nazaré, se no Baptismo das Águas do Jordão Cristo foi buscar os pecados nelas deixados pelos pecadores, no Dom maior de Si Mesmo, na Salvífica Cruz, a Nova Aliança é feita, pela Redenção que o seu Sacrifício nos Alcança.
Tirar os olhos do Presente é ver no Amanhã o Transcendente, e compreender que o Sacrifício é também Redentor. Em Spe Salvi, Bento XVI recorda-nos da insuportabilidade que seria a eternidade terrena, e remete-nos para essa esperança que nenhum Messianismo Político pode substituir. Lidemos com as coisas deste Mundo, sem ser mundanos! Sem esquecer que na Bandeira, enquanto Povo, temos as Cinco Sagradas Chagas de Cristo representadas, que nem a jacobina República conseguiu remover.
Reencontrar Portugal não é possível sem o sentido mais profundo de que somos Terra de Santa Maria! O revisionismo histórico de Esquerda não pode apagar, sob os auspícios do ateísmo vigente em tantas sociedades secretas de poder que nos arruinaram, a génese da nacionalidade: «Dom Afonso Henriques, fundador do Reino e Primeiro Rei de Portugal, coloca seu país sob a protecção de Nossa Senhora, por meio de uma promessa solene, feita com o consentimento de seus vassalos e assinada na Catedral de Lamego, no dia 28 de Abril de 1142. Assim, esta data é considerada como a do Baptismo de Portugal, que foi chamado, a partir daí, de "Terra de Santa Maria".»
A Festa Litúrgica Portuguesa das 5 Chagas de Cristo, a 7 de Fevereiro, foi-nos concedida pela Santa Sé, desde Bento XIV e assim a cantou Camões nos Lusíadas:
Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou.
(Lusíadas, 1, 7).